O domingo 12
de agosto de 2012 ficou marcado não só por ser o dia dos pais nesse ano aqui no
Brasil, mas também pela belíssima festa de encerramento dos Jogos Olímpicos de
Londres 2012. Essa edição das Olimpíadas foi marcada pela enorme quantidade de
recordes quebrados em praticamente todas as modalidades.
É sempre muito emocionante vermos os
atletas buscando a superação, a glória, a vitória do seu país, da sua nação. E
assim, mostrar para todo o mundo que ali existe mais um vencedor, cada uma com
sua história pessoal de superação e garra. Mas a partir desses momentos devemos
nos perguntar: “Até aonde vale a pena? ; Será que a busca pela corrida
perfeita, pelo ponto salvador ou pela vitória dos sonhos valem a pena?; Será
que esses atletas, são realmente saudáveis?”.
A relação
entre performance e saúde possui uma linha tênue, que se não respeitada
pode trazer sérios problemas para quem a rompe. Atualmente, saúde não é apenas
o bem estar físico, mas sim o bem estar do ser humano como um todo, o bom
funcionamento físico, psicológico, econômico e social. E a performance,
ou o rendimento, como pode ser traduzida para o português, pode não respeitar
alguns desses componentes da saúde.
Está
cada vez mais árduo encontrar pessoas realmente saudáveis, com todos esses
aspectos de saúde e longevidade. A quantidade de pessoas sedentárias,
principalmente adultos, infelizmente só tem aumentado. Abaixo, temos parte da
matéria Combate ao sedentarismo da revista E.F., edição de Julho/2012.
DADOS DA OMS
A
Organização Mundial de Saúde apresenta dados de 2008 a respeito do assunto, mas
não fala em sedentarismo, e sim em “atividade física insuficiente”. De acordo
com a OMS, mundialmente, 31% dos adultos com 15 anos ou mais não são suficientemente
ativos(homens 28% e mulheres 34%). Aproximadamente 3,2 milhões de mortes todo
anos são atribuídasj à atividade física insuficiente e o sedentarimos é o
quarto maior fator de risco de mortalidade global, responsável por pelo menos
21% dos casos de tumores malígnos na mama e no cólon, assi como por 27%, assim
como por 27% dos registros de diabetes e 30% das queixas de doenças cardíacas.
As
Américas formam uma das regiões mais sedentárias do mundo, em que quase 50% das
mulheres e 40% dos homens são insuficientemente ativos. A OMS acredita que, em
parte, os níveis atuais de inatividade física são o resultado de uma participação
insuficiente em atividades físicas durante o lazer e do crescimento do
comportamento sedentário durante atividades ocupacionais e domésticas, além do
aumento no uso de modais de transporte “passivos”. O crescimento da urbanização
em nível global também resultou em vários fatores ambientais que podem desencorajar
as atividades físicas, tais como: violência, tráfego de automóveis intenso,
baixa qualidade do ar e poluição, falta de parques, calçadas e aparelhos
esportivos e/ou de recreação.
Todos
esses dados fornecidos pela OMS nos mostram o tão distante estamos de
constituirmos uma sociedade saudável. Não ao ponto de em cada esquina formar um
atleta, mas sim em buscarmos apenas a quantidade de atividade física suficiente
para que seja possível uma melhora significativa na qualidade de vida.
Por
diversas vezes nos vemos tentando nos igualar a atletas de elite, a recordistas
olímpicos, que vivem para o Esporte e do Esporte. Estamos sempre tentando
comparar as situações vividas em nosso dia a dia a uma competição, a uma
Olimpíada, à busca pelo ‘ouro’ tão sonhado. Mas é importante salientar que não
estamos em busca de medalhas de ouro, mas apenas em busca da saúde necessária
para vivermos bem e melhor.
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