sábado, 18 de agosto de 2012

SAÚDE X PERFORMANCE



O domingo 12 de agosto de 2012 ficou marcado não só por ser o dia dos pais nesse ano aqui no Brasil, mas também pela belíssima festa de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Essa edição das Olimpíadas foi marcada pela enorme quantidade de recordes quebrados em praticamente todas as modalidades.
É sempre muito emocionante vermos os atletas buscando a superação, a glória, a vitória do seu país, da sua nação. E assim, mostrar para todo o mundo que ali existe mais um vencedor, cada uma com sua história pessoal de superação e garra. Mas a partir desses momentos devemos nos perguntar: “Até aonde vale a pena? ; Será que a busca pela corrida perfeita, pelo ponto salvador ou pela vitória dos sonhos valem a pena?; Será que esses atletas, são realmente saudáveis?”.

A relação entre performance e saúde possui uma linha tênue, que se não respeitada pode trazer sérios problemas para quem a rompe. Atualmente, saúde não é apenas o bem estar físico, mas sim o bem estar do ser humano como um todo, o bom funcionamento físico, psicológico, econômico e social. E a performance, ou o rendimento, como pode ser traduzida para o português, pode não respeitar alguns desses componentes da saúde.
Está cada vez mais árduo encontrar pessoas realmente saudáveis, com todos esses aspectos de saúde e longevidade. A quantidade de pessoas sedentárias, principalmente adultos, infelizmente só tem aumentado. Abaixo, temos parte da matéria Combate ao sedentarismo da revista E.F., edição de Julho/2012.

DADOS DA OMS

            A Organização Mundial de Saúde apresenta dados de 2008 a respeito do assunto, mas não fala em sedentarismo, e sim em “atividade física insuficiente”. De acordo com a OMS, mundialmente, 31% dos adultos com 15 anos ou mais não são suficientemente ativos(homens 28% e mulheres 34%). Aproximadamente 3,2 milhões de mortes todo anos são atribuídasj à atividade física insuficiente e o sedentarimos é o quarto maior fator de risco de mortalidade global, responsável por pelo menos 21% dos casos de tumores malígnos na mama e no cólon, assi como por 27%, assim como por 27% dos registros de diabetes e 30% das queixas de doenças cardíacas.
            As Américas formam uma das regiões mais sedentárias do mundo, em que quase 50% das mulheres e 40% dos homens são insuficientemente ativos. A OMS acredita que, em parte, os níveis atuais de inatividade física são o resultado de uma participação insuficiente em atividades físicas durante o lazer e do crescimento do comportamento sedentário durante atividades ocupacionais e domésticas, além do aumento no uso de modais de transporte “passivos”. O crescimento da urbanização em nível global também resultou em vários fatores ambientais que podem desencorajar as atividades físicas, tais como: violência, tráfego de automóveis intenso, baixa qualidade do ar e poluição, falta de parques, calçadas e aparelhos esportivos e/ou de recreação.  
           

            Todos esses dados fornecidos pela OMS nos mostram o tão distante estamos de constituirmos uma sociedade saudável. Não ao ponto de em cada esquina formar um atleta, mas sim em buscarmos apenas a quantidade de atividade física suficiente para que seja possível uma melhora significativa na qualidade de vida.

Por diversas vezes nos vemos tentando nos igualar a atletas de elite, a recordistas olímpicos, que vivem para o Esporte e do Esporte. Estamos sempre tentando comparar as situações vividas em nosso dia a dia a uma competição, a uma Olimpíada, à busca pelo ‘ouro’ tão sonhado. Mas é importante salientar que não estamos em busca de medalhas de ouro, mas apenas em busca da saúde necessária para vivermos bem e melhor.

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