terça-feira, 5 de novembro de 2019

PRINCIPAIS LESÕES NAS CORRIDAS



A corrida por ser uma atividade de impacto, exige muito das articulações, ligamentos e músculos. Grande parte dessas lesões já pode ter acontecido com você, caso você seja um corredor. A maioria das lesões nos corredores ocorrem por overuse, ou seja, excessos de treinos e por isso é tão importante se ter uma boa planilha de treinamento. Descanso, alimentação, treino de fortalecimento e de coordenação, além de boas noites de sono também devem ser considerados com variáveis fundamentais para se evitar lesões. 
As principais lesões são:
  • SDFP (Síndrome femoropatelar) 21%
  • STIT (Síndrome do trato iliotibial) 11%
  • Fasceíte plantar 10%
  • Lesões meniscais 6%
  • Stress tibial 6%
  • Tendinite patelar 6%
  • Tendinite do calcâneo 6%
  • Lesões do glúteo médio 4%
  • Fratura por stress tibia 4%
  • Lombalgia 3%
Mais uma vez vem à tona se o jeito como as pessoas correm interferem. Se o indivíduo corre e não tem dor, não devemos mudar a mecânica. Na verdade, o que lesiona é o volume. Diminuir uns 20% do volume, seja na intensidade ou no tempo, já vamos ter uma melhora significativa da dor enquanto reabilitamos sem tirar o indivíduo da corrida. 
Existem alguns fatores combinados que favorecem o surgimento das lesões:
  • Stress mecânico
  • Aumento do volume
  • Tipo de calçado
  • Tipo de terreno de treino 
  • Alterações biomecânicas
Quando ocorre o valgo dinâmico do joelho durante a corrida, temos que imaginar que a relação Tróclea/Patela fica desproporcional e com isso teremos um momento da corrida onde teremos um aumento da pressão em uma área da patela, favorecendo ao aparecimento da dor por condropatia.
No momento da desaceleração na corrida existe uma contração excêntrica forte dos músculos do glúteo, quadríceps e panturrilha (trio absorvedor de impacto). A partir desse pico de contração excêntrica (onde absolve o impacto), esses mesmos músculos realizam uma contração inversa, para iniciar uma nova propulsão. Por essas e outras razões devemos estar sempre procurando atividades que não só complementem, mas que também possa te dar uma opção de treino sem tanto impacto – musculação, natação, deep running e atividades funcionais.
Em pessoas “normais”, em uma análise biomecânica, também vai existir algumas alterações, como um pouco de valgo dinâmico ou uma inclinação da pelve durante a corrida só que quando observamos a maneira como as pessoas que tem dor correm, vemos que esse valgo dinâmico e a inclinação do tronco e da pelve e aumento da pronação do pé são maiores. Tudo um pouco mais exagerado e desequilibrado muscularmente falando.
O trabalho de reabilitação funcional é de extrema importância, porque vai pensar na correção e melhora da função e vai trabalhar o fortalecimento muscular especifico e ensinar a ter um melhor controle motor ou coordenação motora. 
Colaboração Tina Coelho
Crefito 108932F
Instagram @elianetina
Face: tina Coelho.